Indiferença coletiva, um povo que não está nem aí.

Texto escrito por: Robson Souza.

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Este último ano em que estivemos imersos em uma pandemia, passamos por uma série de situações que revelam muito sobre quem somos nós. Na ausência de um governo que estivesse comprometido no combate ao vírus e que adotasse medidas capazes de garantir minimamente a redução de seus impactos, nossas escolhas também contribuíram para como chegamos até aqui.

Na terra da “farinha pouca, meu pirão primeiro”, vimos uma infinidade de exemplos que demonstram o quão egoísta nós podemos ser. Mais do que apontar o dedo para comportamentos equivocados e que vão contra as regras básicas de isolamento social, é preciso lidar com o fato de que não somos nada solidários como nos vendemos por aí.

Se nas redes sociais estamos acostumados a nos comover diante de algumas tragédias, ao ponto de utilizar temas específicos em manifestação de apoio, durante a pandemia descobrimos que tanta comoção e responsabilidade social só interessam se vier acompanhada de curtidas.

O “somos todos” sei lá o que, é só mais uma mentira que contamos aos outros e a nós mesmos, e o porquê disso talvez a psicologia explique. As redes sociais têm se tornado cada vez mais este espaço em que nos indignamos frente as adversidades, tomamos partido e somos solidários com os outros, mas que de nada adianta se não vier acompanhado de atos semelhantes na vida real.

A crise atual torna explicita muitos dos problemas presentes em nossa sociedade e que muitos de nós, mesmo conscientes, tem se mostrado completamente indiferentes a eles. As enormes desigualdades sociais que compõe nossa estrutura social, tem sido intensificadas nesse cenário aprofundando ainda mais os abismos em que vivemos.

O show de horrores protagonizado por uma gente estupida e que não se importa com o bem-estar coletivo, que se nega a usar máscara e segue aglomerando e provocando aglomerações, é puxado por um discurso homicida e negacionista do pior presidente que este país já teve e que diariamente tem incentivado seus seguidores a fazer o vírus circular.

Mas bolsonaristas não são o meu foco já que sabemos que os mesmos conservam em seu ser um ódio assassino pelo outro. Eu fico pensando naqueles que entoam o grito do “Ele não”, mas se comportam exatamente como a aberração que preside nosso país, e com isso vão abrindo passagem para a nossa caminhada rumo ao fundo do poço, ou melhor, rumo ao cemitério.

Aparentemente “nossos” esforços são basicamente comprovar o nosso grande fracasso enquanto sociedade. Basta irmos à eleição recente de Bolsonaro para ver o quanto estamos mal, e tudo isso se confirma novamente quando nos deparamos com uma estranha e “enorme dificuldade” que muitos tem tido em obedecer as regras de isolamento social, como meio de preservar a própria vida e a dos outros.

É assustador se dar conta de que muitos daqueles que nos cercam agem com total indiferença e irresponsabilidade diante de tantas mortes, pode ser que ao se olharem no espelho a imagem que viram se assemelhe a do bolsonarismo. E é obvio que eu não me refiro aos que são forçados a se submeterem a constante exposição ao vírus, mas do que rejeitam as medidas restritivas de contenção da doença.

Apesar das complexidades que nos atravessam, é estranho ver que vocês não passam de uma farsa da internet e que nem ao menos se importam com o direito à vida do outro. Mas é curioso perceber que a imbecilidade de vocês seja tanta ao ponto de também se colocarem em risco, será o medo iminente da morte? Sinceramente não me interessa, eu só não queria ter que lidar com a falta de responsabilidade de muitos de vocês, sobretudo quando o próprio presidente contribui e nos expõe a situações de maior risco.

Infelizmente um ano tentando sobreviver a uma pandemia tem se tornado ainda mais difícil na ausência de um governo competente, já que Bolsonaro é o que temos de pior num momento tão grave. E além disso, assistimos de tão perto uma gentinha irresponsável e burra que não percebe que age contra si e vem cavando a própria cova. Me resta manter distancia!

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